quinta-feira, julho 26, 2007

De volta pra casa ou Incômodos da noite (pedaços de devaneios)

É aquele momento em que já está de madrugada e você não tem mais nada pra fazer nem na internet, nenhum scrap novo no orkut, está conversando com uma só pessoa e o assunto está quase morrendo,você abre a janela pra começar a digitar e vê aquela mensagem embaixo "fulano está digitando uma mensagem" então você espera pra ver o que ele vai digitar, mas ele deve estar vendo a mesma mensagem que você porque fica esperando um tempão, e não manda nada, aí ficam alguns minutos vendo quem é que vai ceder primeiro e falar uma besteira qualquer...
...Até que ele finalmente manda a mensagem e é só pra falar que está indo dormir.
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De madrugada sempre me dá fome. Posso ter jantado um pernil inteiro sozinha,uma pizza tamanho família, mas é mais psicológico. Não digo que é fome, tá mais é pra vontade de comer. E se não for miojo é sanduiche, ultimamente tem chegado até a ser misto quente. Tomando leite com toddy.

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Vazias, as noites são vazias e os dias também, não sei o que estou fazendo aqui ou o que deveria fazer. Deveria estar lendo pra recuperar o tempo perdido? Que livros?! Todos os livros da estante já foram lidos. Todas as idéias gastas e agora a realidade é outra, agora preciso de novas idéias. Mas ultimamente elas não têm vindo, porque eu ESQUECI de onde pegava idéias. Esqueci como se fala a língua delas.

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Mas o que eu queria falar é do meu quarto. O meu quarto que era o meu canto sagrado, meu santuário em que me recolhia para meditar, para ficar sozinha, para me sentir bem. O lugar que tinha a minha cara, minhas coisas, minha energia. Ele não existe mais. Foi violado, a energia dissipou-se, e apesar de a cama ainda ser confortável, apesar de a iluminação ser a mesma, apesar de ter o mesmo odor, não me acolhe como antes. Porque o meu caderno não está aqui - e é nele que eu despejo todas as imagens e sensações. Aqui o ar é úmido e o céu não fica rosa. Não pertenço mais a esse lugar- o que estou fazendo aqui?
No entanto o teclado continua no mesmo cantinho abaixo da janela, ainda que quando toquei hoje não vi nehuma estrela. E além disso o terraço tem a mesma vista(só ainda não vi as estrelas).


Falta um pedaço de mim que ficou. Não sei se tem como pegar de volta- Talvez a pele já tenha apodrecido. Vou ter que usar do meu poder de regeneração, mesmo que não seja estrela-do-mar acredito tambem no poder da mente. Coragem. O bom de estar na faculdade é que a cada seis meses começa um ciclo novo, renovação. Dá pra ter otimismo sim. Vão bora entaum!

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