sábado, agosto 25, 2007

Final de um post que eu não vou colocar aqui(ainda mais porque perdi o texto inteirinho!!ai ai ai...)

E eu sei que amanhã, ou depois, ou depois, ou daqui a um mês, eu vou me arrepender dessas palavras. Não exatamente arrepender, só vou ler e ver que na verdade não preciso realmente disso, a vida tem muita coisa pra se curtir e esse tempo que eu não estou fazendo o que disse acima eu posso estar fazendo muitas outras coisas que trarão senão igual maior satisfação. Que tem o lado bom de não ter isso tudo também. E vou estar tranquila, sabendo que a vida é boa, tem muitas pessoas no mundo, e se agora não tá 10 amanha pode melhorar. Afinal a terra gira! Como me disseram ontem. Aliás, acho que já estou me sentindo assim nesse momento. Bom que eu não tive que esperar!



(não significa que eu tenha resolvido a situação...)


***
Está lançado o desafio: sobre o que você acha que estava falando no post acima? Quem acertar ganha um doce.
Mas tem que acertar tudinho hein???????????????

terça-feira, agosto 07, 2007

Carne nova no cabaré!

Clique no título e confira!

domingo, agosto 05, 2007

Programa de sexta-feira à noite

Que vê do lado de fora acha que é um buteco como todos os outros, que a galera vai pra tomar cervejada numa sexta à noite. Mas quando você entra a sensação é de surpresa. Pra começar a porta é daqueles bares de faroeste, que combina perfeitamente com os assentos do balcão- feitos de sela de cavalo. As paredes são de um tom avermelhado e a iluminação é mais fraca, o que deixa o lugar bem aconchegante. Estava esperando um boteco copo-sujo, mas me deparei com um ambiente familiar de decoração pitoresca- Lá dentro haviam vários casais sentados nas mesas, e minha amiga e eu montadas no balcão. Este também tinha outra peculiaridade: Era decorado com moedas de várias épocas, vários países, e também notas antigas, que ficavam embaixo do verniz, o que fez com que eu achasse que era um desenho ou uma pintura, mas minha amiga me tirou a dúvida- eram mesmo de verdade!

Pedimos um chopp, muito bom por sinal, e me pus a reparar a decoração à minha volta. Pra começar, a porta do congelador da Skol estava coberta com desenhos de uma criança, da filha do português, que era o dono do bar e também ficava no balcão atendendo e anotando pedidos. Em seguida reparei dois barris: um era grande e de madeira, guardava o chopp, e o outro em cima do balcão, parecia ser feito de acrílico por fora mas tinha uma textura de madeira e formato de tronco de árvore. Descobrimos depois que armazenava o licor da casa, feito a base de cachaça e com um leve sabor de menta.

Enquanto Tomávamos nosso chopp e conversávamos o portuga colocou na nossa frente dois pires, um doque parecia ser uma espécie de semente, grão ou broto, tinha forma de confete mas era de uma cor crua,meio bege, e era úmido. O outro vazio. "Morde, tira a casaca e coloque aqui" ele falou com aquele sotaque português mostrando como se comia o aperetivo estranho. Perguntamos como se chamava mas nem eu nem Aline entendemos o nome direito, algo parecido com "toromosso", mas sabemos que é muito comum entre portugueses, árabes e um outro povo que não me lembro mais no momento. Aproveitando o momento começamos a conversar com o dono do bar, elogiar o chopp, a música e a decoração- estava tudo muito agradável. Conversa vai, conversa vem, descobrimos que o nome dele era Mário, já tinha vivido nos Esetados Unidos muitos anos e estava há apenas 4 anos no Brasil. Já fazia mais de vinte que havia saído de Portugal. Se ele preferia aqui ou os EUA? "Não dá pra comparar, são dois lugares muito diferentes, cada um ao seu estilo de vida." Gostava de ter o Bar mas não era o que ele tinha imaginado pra si- Uma vida calma na fazenda... Enfim, eu e Aline somos tão simpáticas que conquistamos a simpatia do seu Mário, e até mesmo do garçon, e acabamos ganhando duas doses cada uma do aperitivo da casa! Ou talvez tenhamos chamado atenção de todos por sentarmos nas selas, já que o público de lá era mais casal mesmo e ficavam nas mesas. Bem reparamos que tava todo mundo olhando...

Mas tem coisa mais divertida que montar numa sela e tomar chopp num balcão repleto de moedas, ao mesmo tempo em que se admira os detalhes de toda aquela decoração inusitada? Durante toda a noite me ocupei em guardar os detalhes. A parede era toda patinada, o teto de bambu, e o forro da área do balcão de telhas; e assim como no teto e nas paredes a iluminação se dava por uma mistura de objetos pertencentes a cenários totalmente distintos: pequenos candeeiros enfeitavam os espaços entre as mesas, equanto outro maior proporcionava uma iluminação mais ou menos leve com uma lâmpada fluorescente no seu interior. E no teto dependurava-se um candelabro de velas, daquelas que têm uma lâmpada diminuta imitando a chama. Nas paredes gravuras, tapeçarias, quadros, e serrotes! Serrotes de verdade pregados na parede, com um círculo de madeira sendo cortado.

Claro que, conversando com um português, não poderíamos esquecer das piadas! Sim, ele nos contou típicas piadas de Português, não muito engraçadas, mas que transcrevo agora só pra registrar a noite (imagine que estão narrando com sotaque, ora pois.)

" Carlinhos um dia chegou para a mae e perguntou:
-Mamãe, como é que se fazem os bebês?
Dona Maria respondeu
- Ora, meu filho, para que é que queres saber disso?És só uma criança!
- Porque todos os meus amigos já sabem, todos na escola já sabem, só eu que não sei, me diga, mamãe!
- Porque não espera seu pai chegar e não pergunta a ele?
-Não, quero saber agora, me diga mamãe!
Muito encabulada ela resolveu responder.
- Está bem, então, ora pois, te digo como se fazem os bebes. Está vendo aqueles tijolos lá fora no quintal?
_Sim, estou vendo.
-Não tem eles uns buraquinhos?
- tem sim.
- E tu não tens o pingulin?
- Sim, eu tenho.
- Pois quando querem fazer bebês, colocam o pingulin no buraquinho, e dali saem os filhos!
Carlinhos com isso ficou maravilhado, se sentindo sabido. Eis que um dia, passeando pela rua, encontra-se com uma construção abandonada, onde haviam vários tijolos. Resolveu testar como se faziam filhos, então tirou o pingulin pra fora e colocou no buraquinho do tijolo. Só que no tijolo tinha um caranguejo, e na hora que ele colocou zap! o caranguejo deu uma mordida na ponta do negocinho...Carlinhos saiu gritando e dizendo:
-AAi, mas que se tu não fosses meu filho te dava uns tabefes! onde já se viu estar a morder o próprio pai??????"

(risadas automáticas)

Outras peculiariadaes: O balcão tinha uma abertura para o lado de fora por onde entregavam os pedidos, e a sineta que servia para chamar atenção do portuga era um penduricalho de estilo místico ou esotérico, feito de metal com tres pingentes: Dois sóis e uma lua no meio. Foi de longe o que mais me atraiu, já que adoro esse estilo. Já para Aline o que mais fez sucesso foi a máquina de café expresso que ficava do lado do barril de licor- Ela é viciada em café. Depois dos chopps pediu um para experimentar, e o pó era de altíssima qualidade- Pelo menos o cheiro estava divino...

A essa altura já era quase meia-noite e íamos virar abóbora, então pedimos a conta (que acabou saindo baratíssima, já que o portuga não nos cobrou nem o cover nem os aperitivos) e ligamos para a carona. Nos despedimos de Mario com a promessa de que iríamos voltar lá, e dá próxima vez iríamos tomar mais chopp, aperitivo e café, montadas na sela, é claro. Penso em ir já nessa sexta-feira. Tirarei fotos!