Eu sou cheia.
Eu transbordo. Não caibo em mim.
Minha incompletude não é o eco do vazio interior, é a falta dos caminhos, as portas fechadas.
Eu sou cheia, a arte pulsa e vibra em meu ser.
A criatividade é constante, a criação não tem limites.
Ode às forças divinas, ora que o tempo chegou
as portas estão abertas.
entre.
Sub Segredos
Quase verdades semi-reveladas
segunda-feira, maio 02, 2016
quinta-feira, janeiro 14, 2016
Letras de sangue....
A minha lua é colorida: nem negra, nem vermelha.
Cresce e se expande, ultrapassando limites!
Alcança o inatingível. Não se contenta. Não se deixa normatizar.
Não é uma, nem outra. É o que é.
Minha menstruação vem quando ela quer.
Cresce e se expande, ultrapassando limites!
Alcança o inatingível. Não se contenta. Não se deixa normatizar.
Não é uma, nem outra. É o que é.
Minha menstruação vem quando ela quer.
2015, o ano das viagens mágicas.
Já que este é um diário, ainda
que sub-secreto, vou contar um pouco da minha vida para vocês, leitores
imaginários. Nos últimos cinco anos passei por momentos em que eu não era eu
mesma. Sempre fui um ser viajante, e a partir dos 17, quando comecei a viajar
para fazer os vestibulares, e no ano seguinte quando me mudei para Brasília, a
estrada era uma constante na minha vida. Em 2010 entrei num relacionamento
(ins)estável. Não sei se era eu que já estava fraca e desestruturada ou se o
relacionamento me tornou assim (o ovo ou a galinha?), mas a tônica do período
foi que me afastei de mim. Me tornei outra pessoa – todos os meus ideais de
vida haviam mudado em prol de um projeto que eu achava que acreditava, mas no
fundo, talvez, era só mais uma distração que o meu ego sabotador havia criado
para atrasar o meu caminho. Enfim. Saí disso em setembro de 2014, mesmo mês em
que me formei na faculdade. Mesma semana, inclusive – por uma questão de um dia
o dito cujo não sai no álbum de minha formatura. Desde então venho passado por
um período de transformações e reformulações de minha vida. É um trabalho
constante para não cair no erro de me culpar e julgar, atrasando mais ainda o
processo de cura, por acreditar que eu tenho feito algo de errado. Pois não
existem erros e acertos: são caminhos que a gente percorre, que podem ser menos
ou mais acidentados. Parece que eu gosto de me aventurar em caminhos
acidentados...
Nesse período de baixa
de auto-estima, energia pessoal e falta de coragem pra viver, que vivi de 2010
a 2015, deixei de viajar. Paradoxalmente, fiz a minha primeira viagem
internacional em 2011, quando fui para Argentina por conta de um projeto de
extensão da faculdade. Acontece que viagem é um estado de espírito, e nesta ocasião,
eu certamente não era um espírito viajante, e não aproveitei ao máximo o que a
jornada tinha a me oferecer.
Pra não dizer que não viajei em
2012, fui a trabalho para um festival de cultura alternativa em para Alto
Paraíso. E uma viagem por ano é uma média pífia para meus parâmetros, que fazia
pelo menos duas desde 2007.
Em 2013 fiz várias circulações pelo DF, ou
seja, muitos quilômetros rodados, mas sempre a trabalho com produções. Foi
maravilhoso, é claro, conhecer por dentro a região onde moro, mas meu espírito
viajante sempre quer ir mais longe. Um tímido recomeço de viagens foi minha ida
para São Paulo, que eu não conhecia, visitar a minha irmã e a Bienal de Artes,
mas apenas por um fim de semana. Em 2014 viajei pela primeira vez para São
Jorge, aqui do ladinho, depois de morar por 7 anos em Brasília – e não foi uma
viagem bem aproveitada, por estar justamente no processo de final de
relacionamento. Enfim, nesse meio tempo em que eu era uma mãe de família
suburbana que passava grande parte do meu dia em um emprego que não me satisfazia,
e a outra parte me esgotando com projetos alheios que eu me iludia que iriam
trazer alguma satisfação, via meus amigos da mesma idade viajando para vários
lugares, indo todo fim de semana para a Chapada, fazendo viagens com amigos,
com namorados, de bicicleta, de moto pelas américas, para a Europa. E
simplesmente botei na cabeça que eu queria viajar para a Europa em 2015.
E findo o desabafo, às viagens.
Magicamente aconteceu a
oportunidade de viajar para a Europa: fui convidada para participar de um grupo
de pesquisa em cenografia, inscrevemos um trabalho na Quadrienal de Praga, e
fomos aceitos. Isso ainda em novembro de 2014. Iniciei, portanto, 2015, com
vida nova e uma nova meta: conseguir viabilizar essa viagem.
Mas antes mesmo disso acontecer,
enquanto eu maquinava formas de viabilizar a trip, surgiu a primeira viagem do
ano, logo após o carnaval: Visitar duas amigas que tinham ido morar no sul. Uma
em Blumenau, outra em Cambará do Sul, no Rio Grande do Sul. Agilizei uns dias
de folga e comprei a passagem de ida para Floripa e a de volta de Porto Alegre.
O caminho entre as duas, eu descobriria depois!
Vale ressaltar que foi o meu
primeiro encontro com o mar depois de 5 anos, o tempo do relacionamento
fatídico. E não fiquei só em Floripa: Fui para Blumenau, cidade onde minha
amiga morava, e que eu ainda não conhecia. Fizemos o trajeto em uma Kombi que
distribuía produtos orgânicos e tinha que parar a cada 30 minutos para repor a
água do radiador! Sem contar as aranhas que viajaram com a gente, que moravam
nas uvas... Essa mesma amiga me deu uma carona até Cambará do Sul, sempre
distribuindo orgânicos e sucos Yanti. Peguei uma estrada de serra que eu tenho
certeza que é maravilhosa, mas não vi nada da paisagem pois já era noite. E
chegamos 1h da manhã em Cambará, nossa anfitriã resistindo heroicamente ao sono
(o marido dela já tinha ido dormir). Cidade pequena, não havia alma-viva na rua
para que pudéssemos pedir informação e achar a casa. O celular também não
pegava. Tive que seguir um carro, que sabe-se lá por quê resolveu parar para
ver o que eu queria, e por coincidência estava justamente indo para a rua do
hospital, que era onde íamos ficar. Fomos recebidos com um maravilhoso caldo de
ervilhas e pães artesanais feitos pela maravilhosa Kênia dos Cânions. No dia
seguinte fizemos um passeio até o Cânion mais próximo, e fomos agraciados com
uma aparição da santa da qual sou devota. Coisa fenomenal. A viagem ainda
incluiu um passeio pelos campos com minha amiga e seu cachorro, indo adentro de
uma floresta com samambaias milenares, e banho em uma cachoeira trincando de
gelada. Fizemos em seguida uma degustação fajuta de geleias – para mim, porque
estava com o nariz completamente congestionado e incapaz de sentir sabores (Experimentei
as geleias depois, e são ótimas J).
Teve ainda almoço de culinária
típica, passeio de bicicleta e polenta feita em fogão a lenha! Fenomenal.
Culminou com uma carona com o transporte da saúde para Porto Alegre. Lá,
consegui deixar minha mala no metrô e dar um rolê pelo centro, cidade super
agradável de andar com as suas ruas exclusivas para pedestres. Eu, que sou uma
flaneur de carteirinha, adorei.
Segunda viagem maravilhosa do ano
foi logo em seguida, para a chapada, com uma amiga do coração e um companheiro
de viagem que esteve comigo no sul. Conheci a cachoeira Loquinhas, com poços
maravilhosos para se nadar. Foi rápida a viagem, mas satisfatória.
Em maio, mais precisamente no dia
do meu aniversário, recebi um convite: Viajar com o mesmo casal de amigos que
visitei no Rio Grande do Sul para minas, para a fazenda de sua família. Esta
foi incrivelmente especial: logo ao chegar, vi um céu de estrelas que eu jamais
havia visto em toda a minha vida! Aprendi a reconhecer a constelação de
escorpião (já esqueci), e comi uma comida típica feita em fogão a lenha. No dia
seguinte, fizemos uma expedição pelo local, e pude ver a fauna e flora locais,
inclusive fadas-gafanhoto e tapetes de flores brancas, que foram bastante
proveitosos. Ao voltar, fui brincar com as crianças do local. Foi aí que
começou a magia. No passado eu tinha um projeto de arte educação, em que ensinávamos
a fazer petecas artesanais. Pois bastou que eu pedisse os ingredientes – penas
de galinha, folhas de bananeira e cacos de tijolo – que em menos de 15 minutos
as duas crianças, um menino e uma menina, trouxeram para mim, junto com um
recipiente com água. E assim os ensinei a fazer as petecas e logo em seguida, a
jogar! Tudo começou porque falei para a menina que eu era professora de dança,
e ela pediu que eu a ensinasse alguns passos. Pois sou professora de dança
contemporânea, e não existem passos marcados, existe o sentir o seu corpo,
deixar o movimento fluir de dentro de você. Ensinei isso a ela, e pela energia
que correu no momento, acredito que posso ter transformado uma vida.
Pois não acaba aí a magia.
Coincidentemente, chegamos na fazenda no dia anterior aos festejos do Divino.
Festa típica de interior mineiro, que seria numa fazenda vizinha. A tradição
consiste em um grupo de homens que em roda, cantam e dançam as folias do
divino. Letras muito machistas por sinal, e tradição mais ainda: mulheres não
podiam participar. Eu me aproveitei da minha condição de forasteira mal
informada, e bem atrevidamente perguntei a um moleque mais novo se eu podia
tocar um pouco o xequerê. Ele deixou, e instrumento não saiu mais da minha mão
por horas! Fiquei lá entre os vovôs da folia, que acabaram por me incluir na
roda e até me ensinaram os passos de dança. Animadas com a minha atitude,
outras mulheres começaram a participar, ao que eu vi que os homens ficaram bem
incomodados, mas nenhum deles se manifestou para que elas saíssem.
Empoderamento feminino a partir do exemplo!
Foi depois dessa viagem que eu
fui para a Europa, e essa dá um post a parte. Em resumo foram 15 dias de arte e
intempéries na veia, desventuras em série, como perder três aviões e as malas
com todo o material da performance, mas um final feliz em que realizei tudo o
que tinha que realizar, e ainda voltei com um punhado de amigos internacionais J
De volta ao Brasil, mais uma vez,
Chapada! Mais uma viagem de sopetão, assim de surpresa, recolhendo folgas aqui
e ali. Lua cheia e muita energia nas cachoeiras do parque nacional da Chapada
dos Veadeiros. Horas de caminhada, agua gelada e o mais mágico – o encontro de
culturas, que eu nunca havia participado e consegui pegar os últimos dias de
evento. Foi lindo.
Ufa! Mas não acabou. Ainda em
outubro, surgiu assim de repente uma viagem para o Rio de Janeiro, cidade que
eu também não conhecia. Aconteceram
infortúnios que trouxeram benesses – o hostel cancelou minha reserva e acabei
ficando hospedada em um hotel – mas choveu, muito. Valeu a pena, é claro, como
sempre vale a pena quando a alma se sente plena... Andando pelas ruas, de copacabana ao Leblon, descobri que a cidade em que passei minha adolescência, Governador Valadres, é a cópia certeira do Rio de Janeiro. Não acredita? Vai lá no centro da cidade pra você conferir. Faz todo o sentido: o centro urbano da cidade foi planejado em 1930, e qual era o modelo de cidade da época? Cidade maravilhosa...
E por fim, a última viagem do
ano: Bahia! Também assim, de surpresa, foi se delineando a partir de novembro
quando a minha comadre mudou para lá, e só se materializou em meados de
dezembro, quando descobri que teria folga do trabalho. Primeira trip longa de
carro, dirigindo, eu e uma comparsa que também é estradeira. Fomos visitar mais
três mulheres – mãe, filha e avó, e voltamos em quatro no carro. Passamos por
quatro cidades e muitas praias, ainda de quebra uma cachoeira, que deu uma
energizada total, e um passeio de canoa pelos mangues assistido por comunidades
de aratus e caranguejos de diversos tipos. Assim finalizei meu ano: na beira da
praia, abençoando a estrada, os céus, o vento, a energia boa que corre quando a
gente sai do lugar, e desejando, como sempre, muito mais!!
Que venha 2016!
segunda-feira, julho 27, 2015
Recados oraculares
Sob a luz do luar, olhai o próprio coração.
Perceba a experiência até aqui acumulada
Admire o arco-íris com a consciência de que tudo é passageiro.
A Sorte virá através da confiança serena e da atividade reflexiva,
mas também através da prontidão de atuar nas situações que exigem habilidade.
A proteção lhe está garantida: Seu tesouro está resguardado pela proteção divina e terrena.
Só tenha cuidado ao buscar aventuras: Talvez elas te desviem do objetivo principal.
Perceba a experiência até aqui acumulada
Admire o arco-íris com a consciência de que tudo é passageiro.
A Sorte virá através da confiança serena e da atividade reflexiva,
mas também através da prontidão de atuar nas situações que exigem habilidade.
A proteção lhe está garantida: Seu tesouro está resguardado pela proteção divina e terrena.
Só tenha cuidado ao buscar aventuras: Talvez elas te desviem do objetivo principal.
terça-feira, abril 21, 2015
20 de abril
e nos próximos 20 minutos, falta exatamente um mês para o meu aniversário...
vida nova que se aproxima. São os 25 indo embora. Passou tão rápido!! e em breve vou estar mais perto dos 30. Tudo bem, já me sinto perto dos trinta desde que fiz 22. São só números.
Vou ultrapassar uma barreira e não sei o que vou encontrar do lado de lá, assim como não sei como será o dia de amanhã. Mas pela primeira vez na minha vida estou aniversariando e mantendo a idade como é, sem adiantar. Ou seja, se fosse em outros anos, eu já estaria dizendo que tenho 26 por aí. Mas me identifico muito com os 25. Acho que tentei compactar nesse ano de meio quarto de século muito dos primeiros 20 não vividos. Acho que dos 18 aos 20 vivi bem até os 23... dos 22 aos 24, posso dizer que vivi bem até os 35. E agora, aos 25, me sinto mais ou menos com 23 e meio.
Como será daqui a um mês?
Mistério total.
vida nova que se aproxima. São os 25 indo embora. Passou tão rápido!! e em breve vou estar mais perto dos 30. Tudo bem, já me sinto perto dos trinta desde que fiz 22. São só números.
Vou ultrapassar uma barreira e não sei o que vou encontrar do lado de lá, assim como não sei como será o dia de amanhã. Mas pela primeira vez na minha vida estou aniversariando e mantendo a idade como é, sem adiantar. Ou seja, se fosse em outros anos, eu já estaria dizendo que tenho 26 por aí. Mas me identifico muito com os 25. Acho que tentei compactar nesse ano de meio quarto de século muito dos primeiros 20 não vividos. Acho que dos 18 aos 20 vivi bem até os 23... dos 22 aos 24, posso dizer que vivi bem até os 35. E agora, aos 25, me sinto mais ou menos com 23 e meio.
Como será daqui a um mês?
Mistério total.
domingo, abril 05, 2015
Enredar-se e render-se
Perder-se nas tramas do próprio ser.
Eu vinha falando sobre autossabotagem? Pois é... funciona, e como. Fique esperta não, pra ver o que te acontece!
Pois agora, vou procurar os outros autos: auto-estima, auto-massagem. E o automóvel, que irá me levar para esses encontros. Auto-ação:atuação. Venho perdendo tempo fingindo que não atuo, aturo. Mas não aturo. Não me aturo nesse fingimento. Não me aguento.
O auto da compadecida, filme que já vi três vezes, mostra que, no fim, o bandido tem perdão.
Arauto. Procurando novos ares: Ar alto. Ao alto.
Chegou o tempo do crescimento. Enredar-se nas tramas da vida, render-se ao fluxo. Nada há porque tudo é nesse instante, instante-já.
"A vida se me é, e eu não entendo o que digo. E então adoro - - - - - - -". CL.
terça-feira, março 03, 2015
Diva Acadêmica
Ai se meu lattes latisse
Ai se meu lattes falasse
Ai se meu lattes sorrisse
Ai se meu lattes murmurasse
Ai se meu lattes trabalhasse
Ai se meu lattes vendesse
Ai se meu lattes cozinhasse
Ai se ele se virasse
Pra que eu só coçasse
Ai se ele me enriquecesse!
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